Em 1919 Arthur Spalding, editor do Wathman Magazine, começou um clube de Escoteiro Missionários, em seu lar na cidade de Medisson - Tenessee , EUA. A idéia começou com seu filho que acampou com alguns escoteiros. Arthur estudou a organização, formulou novas diretrizes compatíveis com os objetivos espirituais da Igreja e criou o seu clube. O clube de Arthur fazia excursões de fim de semana, trabalhos manuais, e seguimento de pista. Os Escoteiros Missionários desenvolveram ideais que foram fundamentais para o atual Clube dos Desbravadores (entre estes o Voto, a Lei e o Lema, que foram redigidos em 1921).
A Associação Geral adotou os nomes de Amigo, Companheiro e Camarada para as primeiras Classes J.A. (antiga Classes Progressivas), na Sessão de Primavera realizado em São Francisco, 1922, (inicialmente como um programa para jovens.).
C. Lester Bond secretário do Depto. De Jovens da Associação Geral preparou as primeiras especialidades em 1928, quando já havia 1075 Desbravadores ( Dados de 1927).
Em 1930, em Santa Ana, surgiu um Clube para juvenis sob a liderança do Dr. Theron Johnston. As reuniões eram realizadas no porão de sua casa, e as primeiras instruções fora técnicas de Rádio e Eletrônica. Sua filha Maurine, que o tinha ajudado com o rádio, protestou quando não lha foi permitido participar do clube. Como resultado sua mãe iniciou outro Clube para meninas, que se reunião no sótão. Os Clubes de Maurine e Jhoston se reunia uma vez por mês em conjunto e iam acampar. Utilizavam-se os requisitos para os jovens das Classes Progressivas. Como uniforme tinha apenas ema camisa especial. É difícil saber como tal programa podia ser tão combatido.
O Clube de Johnston usou o nome de Desbravadores escolhido por Mckin, seu assessor. Não temos certeza de onde ele obteve esta inspiração, embora suponha-se que a idéia tenha surgido após o primeiro acampamento da Associação do Sudeste da Califórnia em 1928, onde um dos oficiais da Associação contou-lhes a história de John Fremont, um explorador americano, ao qual se referiu como desbravador. Depois ao ser formado a Clube, Mckin pode ter se lembrado disto. Outras fontes atribuem o nome ao local do primeiro acampamento conduzido pelo Pr. John Hancock em 1946, Pathfinders Camp (Campo dos Desbravadores).
Outro evento importante de 1930, que preparou o terreno para o rápido crescimento do Clube dos Desbravadores depois que estes foram realizados, foi o acampamento de Wawona no parque de Yosemite, onde 40 diretores de jovens foram capacitados para a liderança dos chamados acampamentos culturais, com um programa amplo, que incluía Pioneiria, trabalhos manuais, estudos da natureza, caminhadas e excursões com equipamentos para pernoite, programa ao pé da fogueira, e demais instruções do que hoje é conhecido como Classe J.A., tudo isso sobre um fundo de idealismo religioso, lealdade denominacional e civismo.
Também em 1930 foram estabelecidas as Classes Preliminares, atualmente usados pelos aventureiros. No início alguns Clubes não recebiam o apoio das igrejas sendo que alguns foram até fechados sob ameaça de exclusão, (um deles foi o Dr. Johnston). Apesar disso a idéia permanecia, e alguns Clubes prosperaram.
Entre 1931 e 1940 outras associações aderiram ao programa. Na União Norte do Pacífico L. A. Skinner funda o Clube Locomotivas (Traiblazers). Em 1935 iniciam-se os acampamentos de jovens. O primeiro manual em português destes acampantes culturais foi editado em 1947. Inicialmente os membros usavam uniforme verde-floresta, o que o ajudou na identificação do Clube com a Natureza. O objetivo do uso do uniforme era a identificação como grupo ao saírem a partilhar sua fé. Outros objetivos eram manter o moral entre o membros, dando-lhes a consciência de pertencer a uma organização importante e também o uso do mesmo em cerimônias como investiduras, desfiles, etc. O uniforme verde embora ainda utilizado em outros países, foi trocado por uniforme cáqui no Brasil, depois que um jovem líder de desbravadores usando a calça verde do uniforme foi confundido comum terrorista disfarçado, e preso, na década de 70. No início desta mudança o uniforme mantinha a cor verde-floresta, depois unificou-se a cor para ambos os sexos.
Em 1946, o secretário J. A. da Associação do Sudeste da Califórnia, Pr. John Hancock, depois Líder Mundial, desenhou o emblema do Clube de Desbravadores, incorporando idéias do Clube Locomotivas. Os três lados do emblema representam o desenvolvimento Físico, Mental e Espiritual dos membros do Clube. A espada representa o Espírito Santo, o Escudo da fé. Juntos objetivando indicar que o Clube de Desbravadores é uma organização espiritual, relacionado a igreja.
Ainda neste período teve o início do primeiro Clube patrocinado pela Associação de Riverside, Califórnia. O jovem estudante universitário chamado Francis Hunt foi eleito pela igreja como diretor, para iniciar o clube com cerca de 35 membros.
Em 1947 a Associação Geral solicita a União Norte do Pacífico, elaboração de normas e planos para a transformação do Clube de Desbravadores para um programa Mundial. Esta planificação foi desenvolvida pelo Pr. J. R. Nelson, que era na época Diretor da União.
Lawrence Paulson, diretor do Clube de Glendale - EUA, escreveu os primeiros manuais.
Em 1948, Henry Berg projetou a bandeira dos Desbravadores, e em 1952 compôs o hino dos Desbravadores.
O Clube de Desbravadores embora já existisse, ainda não havia sido oficializado, fato que ocorreu em 1950, tendo o Departamento de Jovens da Associação Geral adotado oficialmente o CLUBE DE JOVENS MISSIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS como programa mundial.
O primeiro Camporée dos Desbravadores ocorreu de 7 a 9 de Maio de 1954, em Idlewild na Califórnia (dados de 1953 indicavam a existência de 29.679 desbravadores).
O dia dos Desbravadores começou a ser comemorado em 1957, inicialmente designado para o 3º ou 4º Sábado de Setembro (Atualmente comemoramos em Abril). O primeiro brasileiro a usar uniforme foi o Pr. Cláudio Belz, que esteve nos EUA, por volta de 1960, onde conheceu o Clube, gostou da novidade, mandou fazer uniforme e o usava ao voltar para o Brasil enquanto tentava iniciar a organização de um Clube no Rio de Janeiro, na Igreja do Méier. Este uso de uniforme não pastoral foi bem recebido, no início por alguns membros.
O primeiro Clube oficial na América do Sul foi o Clube Conquistadores de La Iglesia, da Igreja de Miraflores no Peru, inaugurado oficialmente por um Pastor, em 1961 que na semana seguinte esteve em Ribeirão Preto, inaugurando o primeiro Clube Brasileiro, que fora organizado pelo Pr. Wilson Sarli, sendo seu primeiro diretor Edgar Tursílio. Na outra semana, este mesmo Pastor esteve no Rio de Janeiro oficializando o Clube organizado pelo Pr. Cláudio Belz. Logo a seguir organizou-se o Clube de Desbravadores da Igreja do Capão Redondo, tendo como seu diretor o Pr. Joel Sarli.
Atualmente o Clube de Desbravadores é um dos Departamentos fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e tem como objetivo principal prover atividades educacionais-recreativas aos membros da igreja e da comunidade.
História dos Luzeiros do Mar
A igreja adventista de Agenor de Campos recebeu a visita do Sr. Vagner Brunelli, líder máster avançado da I.A.S.D da Cesp. Esta visita motivou a abertura do clube de desbravadores.
A primeira reunião de organização foi realizada em treze de junho de dois mil e dois. A comissão da igreja elegeu para a liderança do Clube os irmãos: Luiz Claudio dos Santos, Izabel Domes Solani e Samuel Elias.
Izabel e Luiz Claudio queriam escolher o nome do clube que demonstrasse que somos disseminadores da palavra de Deus aqui no litoral.
Durante o culto jovem, a igreja participou sugerindo alguns nomes como: Arautos dos Mares, Atalaia dos mares, etc. A diretora Izabel sugeriu o nome Luzeiros dos mares.
Com o voto da igreja foi oficialmente eleito o nome Luzeiros do mar.
Nasce assim o clube de Desbravadores Luzeiros do Mar da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Agenor de Campos, um clube que pretende em meio ao mar de trevas espirituais do litoral paulista, ser tal qual um farol fazendo a luz de Jesus brilhar no coração de juvenis e jovens, guiando-os ao porto seguro do nosso lar celestial.
O primeiro acampamento do Clube deu-se em maio de dois mil e três, em virude da mudança de endereço do irmão Luiz Claudio Santos, a comissão da Igreja indicou como novo diretor do clube o irmão Anderson da Silva Reis.
O diretor do clube indicou os seguintes nomes para auxiliá-lo: Conselheiro Samuel Elias; Capitão Jeferson Ramos Ribeiro; Diretores associados Gislaine Ribeiro Neckel e Luiz Claudio dos Santos; Tesoureira Rosana Machado de Campos; Secretaria Isabel Gomes Solani.
Uniforme
Depois de aproximadamente dois anos de funcionamento foi tomada a decisão de uniformizar o clube.
O diretor, Anderson da Silva Reis, solicitou à igreja uma doação de trezentos reais para a compra de tecido.
A comissão da igreja prontamente colaborou com o clube doando tecidos.
Foram adquiridos vinte metros de tecido na cor caq- padrão do uniforme, quatorze metros na cor verde petróleo e seis metros de tecido branco para o uniforme da diretoria.
Os desbravadores contribuíram na compra dos demais acessórios como linha, velcro, botão, zíper, etc. Para tanto, se empenharam na venda de cereais, revertendo o lucro para o clube.
Os pais ou responsáveis por cada desbravador contribuíram também com o valor de quinze reais para custear a mão-de-obra de costura.
Contamos com a colaboração da irmã Suzete que confeccionou os uniformes habilmente, de acordo com os padrões exigidos.
Fundos para o clube
A necessidade da confecção de uniformes levou o clube à organização de recursos financeiros.
No dia primeiro de maio de dois mil e cinco, demos nosso passo inicial. A irmã Isabel Gomes Solani fez a doação de barras de cereais.
Os desbravadores se empenharam na venda dos produtos e, com enorme sucesso conseguiram arrecadar os fundos necessários.
O dinheiro arrecadado foi utilizado na compra de emblemas, cartões e manuais do clube.
Mensalidade
No mês de abril de dois mil e cinco, foi organizada a taxa mensal do clube no valor de dois reais.
Através de carnês, os desbravadores passaram a contribuir mensalmente, ampliando os fundos de recursos financeiros do clube.